Classificado como um cateter de longa permanência, é muito utilizado para administração em tempo prolongado de medicamentos. Podem durar mais que 5 anos na maioria dos pacientes.
De modo geral, eles permitem que o tratamento continue em âmbito ambulatorial, sem a necessidade da internação do paciente até que ele seja finalizado.
Trata-se de um dispositivo totalmente implantado, que permite fácil acesso a veias profundas do paciente. Ele é inserido por completo abaixo da pele e divide-se em duas partes: o cateter, feito de silicone ou poliuretano, e o reservatório, constituído de titânio ou plástico resistente, coberto por um domo de silicone puncionável.
Assim, o reservatório com silicone autovedante pode ser perfurado por uma agulha através da pele várias vezes, antes que a resistência do material seja comprometida. A ponta do cateter deve ser posicionada em uma veia de grande calibre (geralmente a transição entre a veia cava superior e o átrio direito), e sua extremidade acoplada ao reservatório, que permanece embaixo da pele, no tórax, geralmente abaixo da clavícula.
Os medicamentos mais frequentemente infundidos são quimioterápicos, medicamentos que quando inseridos em veias periféricas levam a irritação da rede venosa e sofrimento do paciente em um momento tão crítico! O port-a-cath oferece conforto ao paciente nessas condições.
Em suma, considera-se sua implantação um processo cirúrgico simples. Realiza-se sob anestesia local e sedação, por um cirurgião vascular. Assim, há realização de um pequena incisão, abaixo da clavícula, onde será inserido o reservatório. E o cateter, em uma veia central, através de outra incisão.
O procedimento leva em média de 30 a 60 minutos. Não é necessário esperar a cicatrização para poder utilizar o cateter, e seu uso é liberado de imediato, após a realização do procedimento.
Vale salientar: nos primeiros dias, é comum o paciente sentir um leve desconforto no local da inserção. Analgésicos simples podem aliviar a situação.
A duração do dispositivo, com manutenção adequada, pode ser de muitos anos, sem a necessidade de troca. Todo seu manuseio deve ser feito por profissional experiente, para evitar infecções.
Entre os principais benefícios da prática, temos:
Geralmente, apresenta baixo índice de complicação, se comparado ao outros cateteres existentes.
Essas complicações variam de acordo com a condição clínica do paciente, da habilidade da equipe que realizou o implante e o tempo de permanência do cateter.
Dentre as mais comuns estão as infecções decorrentes do uso, obstrução do cateter por coágulo e as tromboses venosas profundas.
Remove-se o dispositivo ao término do tratamento, e quando o médico especialista que solicitou o implante sinaliza que ele não é mais necessário.
Analogamente ao processo de inserção, sua retirada é feita sob anestesia local e sedação. O reservatório é liberado através de incisão e todo o dispositivo é removido de uma vez. A pele é fechada com sutura sem pontos externos, com posterior curativo adequado.
Você ainda tem dúvidas sobre o procedimento? Entre em contato com a equipe do Dr. Simon Benabou!