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Pé diabético: o que é, fatores de risco e tratamento

Dados epidemiológicos revelam que um dos principais motivos para internação de pessoas com diabetes é o pé diabético!

Caso não seja tratado corretamente, pode levar até mesmo à amputação.

Por isso, é urgente aos pacientes com diabetes entender o que é, quais os fatores de risco e as formas de tratamento para o pé diabético.

Pensando nisso, vamos resumir tudo que você precisa saber!

O que é pé diabético?

Esse termo é utilizado para se referir ao paciente portador de diabetes que apresenta modificações nos pés e membros inferiores.

Ele é uma complicação crônica, que causa grande impacto na vida da pessoa, como hospitalização, amputação, dificuldade na cicatrização de úlceras e dificuldades nas atividades cotidianas. 

Ela acontece principalmente em razão de uma neuropatia periférica, que pode ser dividida entre:

Neuropatia sensitiva (perda da sensibilidade dolorosa e tátil) e neuropatia motora (hipotrofia muscular e deformidades ósseas). 

A doença arterial também é uma grande responsável, que se manifesta através de isquemia arterial ou aterosclerose.

Com isso, reduz o fluxo sanguíneo necessário, resultando em úlcera de cicatrização prejudicada e até mesmo a gangrena. 

Mas é importante lembrar que o termo “pé diabético” refere-se apenas às afecções sem isquemia associada, ou seja, não há problemas de obstrução ao fluxo sanguíneo como causa das lesões apresentadas.

Pé diabético

Quais os principais sintomas da neuropatia periférica, principal causa do pé diabético?

Os mais recorrentes são:

  • Sensação de formigamento e dormência nos pés;
  • Sensação de fraqueza nas pernas; 
  • Queimação na região dos tornozelos e pés;
  • Sensação de agulhadas e dores;
  • Ausência de sensibilidade nos pés. 

Fique atento aos sintomas!

Bem, nem todos os diabéticos possuem a tendência de ter problemas nos pés.

Então, quais os fatores que contribuem para o desenvolvimento do pé diabético?

Fatores de risco

As causas do pé diabético são múltiplas, sendo multifatorial. 

Entretanto, os principais fatores de risco que agravam as chances são:

  • Elevados níveis de glicose e de hemoglobina glicada no organismo, ou seja, mau controle glicêmico;
  • Uso de tabaco;
  • Possuir comorbidades (hipertensão arterial, entre outras);
  • Ter sido diagnóstico com diabetes há um tempo maior que 10 anos;
  • Utilizar calçados desapropriados;
  • Não ter cuidado com o corte das unhas;
  • Neuropatia;
  • Vasculopatia.

Para prevenir é importante ficar atento aos fatores de risco!

Como é realizado o tratamento?

Ele é realizado de acordo com os sintomas apresentados e da classificação de lesões do pé diabético, a partir de orientação médica.

Para o diagnóstico preciso seu médico vascular avaliará os sintomas e poderá utilizar exames de confirmação diagnóstica.

Como o diapasão Rydel-Seiffer, instrumento que mede a vibração que a pessoa sente no pé.

Outro exame comum é o Eco-doppler, ultrassom responsável por avaliar o fluxo sanguíneo nas veias e artérias. 

Após o diagnóstico, o tratamento prescrito pode envolver as seguintes estratégias:

  • Administração de medicamento antibiótico;
  • Utilização de pomadas antimicrobianas;
  • Curativos diários na região ferida;
  • Medicação para controle da diabetes.

Em casos severos pode ser necessário realizar cirurgia para retirar as partes de tecidos (pele, subcutâneo, músculos, ossos) acometidos pelas feridas, contribuindo para a cicatrização e parada da progressão.

Para maior sucesso, é necessário que a ferida seja identificada na fase inicial da doença e que o paciente siga o tratamento corretamente.

Além disso, quando a úlcera é profunda e exige cuidados intensos, a internação hospitalar é necessária. 

Quando a região afetada é de tamanho grande, pode ser preciso amputar uma parte do pé ou o pé inteiro.

Evite complicações e previna-se

Para cuidar dos riscos do pé diabético ou encontrar o melhor tratamento para o seu caso, agende já uma consulta com o Dr. Simon Benabou.

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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Simon Benabou Cirurgião vascular e endovascular

Graduado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP) e com Residência nas áreas de Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular e Endovascular no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP).
CRM–SP nº 144283