Varizes na gravidez é perigoso?

Por mais que ter varizes não seja uma exclusividade de mulheres grávidas – 45% das brasileiras sofrem desse problema, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular –, na gestação elas podem ganhar destaque. Isso ocorre porque, durante a gravidez, o corpo da mãe produz sangue a mais para sustentar dois organismos, o dela e o do bebê.

A gravidez e todas as mudanças que ela provoca no corpo feminino, inclusive o ganho de peso, podem ser considerados gatilhos para o aparecimento de vasos, inclusive em pacientes que antes não sofriam do problema.

Além da própria gestação, outros fatores como histórico familiar, obesidade e sedentarismo contribuem para a formação de varizes, que são mais comuns no segundo e, principalmente, no terceiro trimestre.

O único perigo de ter varizes na gestação é o aumento da possibilidade de desenvolver trombose, mas é um risco que a própria gravidez já proporciona, independentemente de a mãe ter ou não varizes. 

No entanto, essa condição tende a melhorar depois do parto. Com o nascimento do bebê, desaparece a compressão da veia cava inferior, diminuindo assim a pressão venosa nas pernas. A partir de três meses após a mulher dar à luz, ela percebe que o tom azulado, assim como a dilatação começam a diminuir, mesmo que não desapareçam por completo.

Não há tratamento específico para grávidas e intervenções cirúrgicas são contraindicadas, inclusive durante a amamentação. 

A melhor forma de evitar varizes e vasinhos na gravidez é a prevenção. Faça caminhadas diárias por 30 minutos, não fique muito tempo em pé, use meias elásticas, beba água, coloque os pés para cima à noite e consulte regularmente um especialista.

Você está grávida? Faça consultas preventivas com o Dr. Simon Benabou, cirurgião vascular e endovascular.